domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeiro duelo do ano

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Protagonistas do Campeonato Cearense - cada um tem 39 títulos e decidiram diretamente o certame 32 vezes - Ceará e Fortaleza disputam o primeiro clássico do ano. E já vale a liderança pela 6ª rodada do Estadual
Ceará e Fortaleza, como de praxe por suas histórias gloriosas, disputam a liderança do Estadual 2011 logo no 1º Clássico-Rei do ano. Os dois rivais têm em comum a invencibilidade no certame após seis rodadas. Mas as semelhanças acabam aí. Analisando os números dos dois clubes no Estadual, Alvinegros e Tricolores têm pontos fortes e fracos opostos e que já perduram por outras competições.

Solidez defensiva
Do lado alvinegro, líder com 13 pontos, a defesa continua segura: em cinco jogos disputados sofreu apenas dois gols, se configurando como a melhor do torneio. E o posto não é novidade para o Vovô, que na Série B 2009 e Série A 2010, notabilizou-se por formar defesas sólidas, sempre entre as melhores das competições.

Mas, em contrapartida, o ataque continua sendo um ponto de interrogação. Mesmo se tratando de um Estadual, torneio de nível técnico inferior aos nacionais, o ataque continua econômico: foram apenas seis gols em cinco jogos, sina que o clube viveu em 2009, Estadual 2010 e Série A 2010, com ataques pouco eficientes. E este ano, nem a estreia dos titulares, que atuaram nas duas rodadas anteriores e nem os reforços no setor ofensivo, como Iarley, Júnior e Osvaldo, melhorou a média. Foram duas vitórias por 1 a 0, contra Quixadá e Crato. Portanto, o ataque alvinegro ainda está devendo e o clássico de hoje é um belo teste para o setor.

Ataque eficiente
A torcida do Fortaleza tem se notabilizado nos últimos anos por idolatrar seus atacantes e ao mesmo tempo colocar no rol dos vilões seus zagueiros e volantes. Isto porque os homens de frente do Leão têm cumprido o seu papel, enquanto os da retaguarda se complicam na função de desarme e contenção.

Desde a Série B de 2009, só para citar um exemplo mais recente, o Tricolor tem ataque para resolver os jogos. Em contrapartida, a contenção tem entregado o ouro. Quem não se lembra da dupla de ataque do Leão em 2009, formada por Luiz Carlos e Nicácio? O time marcou 56 gols, mas sofreu 64 e acabou rebaixado. Em 2010, nem o técnico Zé Teodoro conseguiu fazer o equilíbrio entre defesa e ataque, pois o time foi eliminado antes da fase final.

No Cearense deste ano, o Leão tem o ataque mais positivo, com 11 gols, média de 1,83 por partida, o que confere um bom status aos seus atacantes. Em contrapartida, sofreu oito gols em seis jogos, tornando a defesa o calcanhar de Aquiles do time. Foi a defensiva que não conseguiu segurar os ataques de Limoeiro e Guarani (J) nos dois últimos compromissos pelo Estadual deste ano.

Portanto, para vencer no primeiro clássico do ano, os arquirrivais precisam resolver velhos dilemas e reforçar suas virtudes remanescentes.

MOMENTOS DISTINTOSTécnicos invertem papéis
Nos anos de 2009 e 2010, o Ceará se notabilizou pela utilização de um forte sistema de marcação, cuja pilastra era a utilização de três volantes. O Fortaleza, diferente disso, vem atuando no Campeonato Cearense com dois meias e dois volantes. Na Série C de 2010, houve momentos raros do time com três cabeças de área. O treinador alvinegro, Dimas Filgueiras passou a adotar uma outra postura em 2011, sempre procurando escalar dois volantes e dois meias. Mesmo com a recuperação do meia Sérgio Mota, Dimas prefere manter Iarley na meia cancha, ao lado de Geraldo e na contenção, os volantes Michel e João Marcos. "Parto do pressuposto de que o Ceará disputa o Campeonato Cearense para ser campeão. Sendo assim, tem que entrar com o time ofensivo, para jogar para a frente", justificou o treinador do Ceará, ao falar sobre o assunto.

Já Flávio Araújo, do Tricolor do Pici, prefere ser cauteloso e poderá até entrar com três volantes, no caso, Gilmak, Leandro - que retorna ao time após automática pelo terceiro cartão amarelo - e Marcos Paulo. Com isso, o meio ficaria assim: Leandro, Gilmak, Cleiton (Marcos Paulo), e Bismarck. "Nós temos que melhorar a marcação e a posse de bola, que foi o que nos faltou nos compromissos passados", analisou o técnico do Leão.

VLADIMIR MARQUES / IVAN BEZERRAREPÓRTERES

Fonte: Caderno Jogada do Diario do Nordeste 

 

 

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