sexta-feira, 11 de março de 2011

Chefe da arbitragem não perdoa juiz de jogo do Flu: 'É caso de oculista'

Jorge Rabello critica trio de arbitragem, que não determinou repetição de cobrança de pênalti em que Ricardo Berna se adiantou

FONTE: Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Carioca de Futebol (Ferj), Jorge Rabello, criticou o árbitro da partida entre Fluminense e América, pela segunda rodada da Taça Rio, realizada nesta quarta-feira, no Engenhão. O motivo foi a defesa do goleiro tricolor, Ricardo Berna, em pênalti cobrado por Diguinho. O camisa 1 se adiantou bastante, mas a arbitragem validou o lance.
Irritado, Rabello chegou a sugerir que o juiz João Batista de Arruda consultasse um oftalmologista.
- Não há justificativa para o árbitro não ter visto. Isso passa a ser problema de oculista. O assistente, pior ainda. Era função dele levantar a bandeira. A regra é clara. Ela diz que quando o goleiro se mexe exageradamente, a cobrança tem que ser repetida. Há três anos nós fazemos treinamentos. Não aceitamos um erro desse, não vamos passar a mão na cabeça de ninguém - disse em entrevista à Rádio Tupi.
Jorge Rabello revelou que o novo assistente, que fica posicionado ao lado da meta, relatou a irregularidade ao árbitro:
- O assistente adicional está ali como elemento de informação. Ele não tem poder de decisão. O assistente, o antigo bandeirinha, tem que ver se o goleiro se mexeu antes da cobrança e se a bola entrou. O assistente adicional informou que, na opinião dele, o goleiro tinha se adiantado, mas não tem poder de decisão.
O presidente da comissão de arbitragem da Ferj afirmou que vai ouvir as explicações do árbitro e do assistente em reunião nesta sexta-feira, antes de anunciar qualquer punição:
- Foi uma infração clara, óbvia e na frente do árbitro. Por que ele não voltou o pênalti só Deus sabe. Vou ouvir o árbitro e o assistente. Ouvir a explicação deles. Se é que existe alguma.
Por último, Jorge Rabello definiu o que é permitido para o goleiro em uma cobrança de pênalti:
- O goleiro não é helicóptero, ele precisa de impulso. Por isso, autorizamos que ele tire um dos pés da linha. Qualquer coisa acima disso, a cobrança deve ser repetida. Eu estive conversando com alguns preparadores de goleiros. A gente acha humanamente impossível o goleiro ficar com os dois pés em cima da linha e ir na bola. O goleiro pode dar um passo com um pé. Isso a gente entende como normal.

Depois de dizer que 'não liga' para críticas, Kleber ataca Felipão

Gladiador volta a utilizar Twitter para mostrar insatisfação com comandante. Ele citou Valdivia e Lincoln para dizer que elenco se sente desprotegido

FONTE: Por Diego Ribeiro São Paulo

Algumas horas depois de ter rebatido no Twitter, de forma sutil, as críticas de Luiz Felipe Scolari em respostas a alguns torcedores, o atacante Kleber foi mais contundente à noite e deixou clara sua insatisfação com o treinador do Palmeiras. O Gladiador desabafou e não perdoou a declaração do comandante alviverde depois da partida contra o Noroeste, na quarta-feira, quando Felipão, mandando um claro recado a Kleber, disse que jogadores machucados precisavam ter mais cuidado antes de pensar em curtir o carnaval. Enquanto se recuperava de um problema na coxa direita, o atacante acompanhou o desfile das escolas de samba em São Paulo.
Reprodução twitter kleber gladiador palmeiras (Foto: Divulgação / Twitter)Kleber não esconde a insatisfação e critica técnico em sua página no Twitter (Foto: Divulgação / Twitter)
Lembrando o período em que Valdivia ficou parado, e ele assumiu sozinho a responsabilidade de comandar o ataque do Palmeiras, Kleber reprovou a posição de Felipão e disse que se sentiu desprotegido pelo técnico.
- O Mago é muito meu amigo, mas ficou quase dois meses parado, e eu estava em campo. Jogando sozinho lá na frente. Graças a Deus, voltou para ajudar a gente, mas fiquei dois meses segurando a bronca e não vi ele (Felipão) elogiar isso. Pelo contrário. Mas tudo bem – escreveu o Gladiador.
Para justificar a reclamação, Kleber lembrou dos casos em que Felipão criticou os meias Valdivia e Lincoln. O Gladiador insinuou que o técnico não se incomoda em reclamar de seus jogadores publicamente. Deixou claro também que não gostou de ver o mesmo Felipão elogiando técnicos rivais, como Tite, do Corinthians, quando o time alvinegro foi eliminado da Libertadores, e Adilson Batista, do Santos, quando este estava prestes a ser demitido.
- Ele já falou mal do time dizendo que era time de solteiro contra casado, falou mal do Lincoln, mal do Valdivia e agora me criticou também. Nunca o vi proteger a gente, mas treinador de time rival... O Palmeiras é maior do que tudo e todos, só não dá mais para agüentar isso calado – encerrou o jogador.
kleber chico palmeiras treino (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado) 
Kleber treinou com bola nesta semana, mas não jogou (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado)
O agente de Kleber, Giuseppe Dioguardi, também se manifestou no Twitter e disse que não acha estranha a reação do jogador. Para o empresário, estranho seria se o atacante tivesse ficado calado.
Na rusga entre Felipão e Kléber, a diretoria, se tiver de tomar um partido, deverá ficar com o atacante. Pessoas ligadas ao presidente Arnaldo Tirone e ao vice Roberto Frizzo não escondem a insatisfação com o alto salário do treinador (R$ 700 mil) e suas constantes reclamações de que é preciso contratar reforços. A conclusão é de que a reclamação de Felipão demonstra, no mínimo, um comportamento de incoerência.
Dos R$ 700 mil mensais de Felipão, só R$ 50 mil são bancados por um patrocinador, a Unimed. O restante fica a cargo do Palmeiras. O contrato foi feito pela diretoria anterior, e os atuais dirigentes do clube tentam, desesperadamente, baixar a folha salarial do departamento de futebol - e nenhuma cifra incomoda mais que a paga ao técnico.

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