quinta-feira, 21 de abril de 2011


Atleta dos juniores do Resende é assassinado a tiros

Yan Guilherme dos Santos, de 16 anos, teria sido morto pelo irmão de uma colega da escola, com quem se desentendeu. Clube decreta luto de três dias

FONTE: Por GLOBOESPORTE.COMResende, RJ
Yan jogador Resende assassinado (Foto: divulgação)Yan com a camisa do Resende (Foto: divulgação)
O corpo de Yan Guilherme dos Santos, lateral-esquerdo da equipe de juniores do Resende, foi sepultado na tarde desta quarta-feira. O jogador, de 16 anos, foi assassinado a tiros na noite de terça no bairro de Olaria, em Resende. O acusado pelo crime é Luiz Ricardo Malaquias, o "Lindo", de 18 anos. Segundo informações policiais, o rapaz, que é irmão de uma colega de escola de Yan, atirou duas vezes: um no pé e outro no peito do atleta, que morreu na hora.
Yan tem um histórico de seguidos desentendimentos com a irmã de seu assassino no colégio. O jogador e a colega de classe, apesar de negros, trocavam ofensas racistas. De acordo com relatos de familiares da vítima, ele era chamado de "negro beiçudo". Por outro lado, parentes da irmã do acusado pelo crime contaram que a adolescente era chamada de "barriga de ovo de Páscoa" (está grávida) e seu namorado, de "Mussum". Recentemente, houve briga em sala de aula.
O time de juniores do Resende jogou na tarde desta quarta, pela Taça Rio. Por isso, os jogadores só puderam ir ao velório de Yan. Na partida, contra o Vasco, houve empate por 1 a 1. Os atletas do Resende entraram em campo com tarjas pretas no uniforme. O clube decretou luto de três dias por conta da morte do atleta.

Histórico problemático faz cabeça de Adriano virar prioridade após a lesão

Departamento médico do Corinthians quer trabalhar primeiro o lado emocional do atleta antes de iniciar a recuperação física

FONTE: Por Carlois Augusto FerrariSão Paulo
joaquim grava médico corinthians (Foto: André Lessa / Agência Estado)Médico Joaquim Grava alerta: é preciso cuidar da
cabeça de Adriano (André Lessa / Agência Estado)
Os constantes problemas emocionais vividos por Adriano ao longo da carreira fizeram o Corinthians entrar em alerta no início da recuperação da cirurgia no tendão do pé esquerdo. Antes mesmo de iniciar a fisioterapia ou tentar evitar que ele ganhe muito peso, o departamento médico do clube quer trabalhar o aspecto psicológico do Imperador para que ele não desanime e cometa deslizes.
Adriano chorou muito ao saber que o problema o afastaria dos gramados por cinco meses. O atacante não atua desde 19 de janeiro, quando sofreu uma lesão no ombro direito durante o clássico entre Roma e Lazio, pelo Campeonato Italiano. Na soma, serão mais de oito meses de afastamento total do futebol.
- Vamos ter um cuidado redobrado. O fisioterapeuta é o grande psicólogo do atleta. O Adriano sentiu muito, estava muito abalado. Conversei com ele e expliquei que são etapas em que é preciso crescer – afirmou o médico Joaquim Grava.
O fisioterapeuta Bruno Mazziotti, que conviveu com Ronaldo desde 2003, aposta em um trabalho motivacional neste momento para fazer Adriano se mostrar com vontade de superar o problema e voltar a atuar normalmente. Somente depois disso é que o corpo clínico entrará em ação.
- A primeira semana é de muito mais cuidado com a questão emocional para o atleta poder buscar força. O atleta passa pela fase de aceitar o processo que, muitas vezes, é longo. Depois, passa pela fase da negação, em que as intercorrências podem atrapalhar. Temos que tomar cuidado para que elas não avancem, como uma dor, um edema. Quanto mais cuidar da cicatrização, melhor. O atleta começa a se animar. Se isso não avança, tem o abatimento emocional – explicou.
Adriano viajará para o Rio de Janeiro ainda na quinta-feira, depois de receber alta dos médicos. Ele ficará em sua cidade natal até 1º de maio sendo acompanhado pelo médico José Luiz Runco e por fisioterapeutas do Corinthians. Entretanto, continuará todo o processo de recuperação em São Paulo.
O Imperador, aliás, deve se mudar com alguns familiares para a capital paulista. O imóvel em que o atleta fixará residência passa por uma reforma e deve ficar pronto antes do retorno dele à cidade.
- Há um equilíbrio entre duas coisas: conviver dentro do clube é importante, gera expectativa de voltar aos campos. Mas conviver com a família dá o suporte emocional. Acredito muito na força interior desse atleta. Temos exemplos no clube, como Ronaldo e Marcelo Oliveira, que devem ser seguidos – completou Mazziotti.
força adriano site (Foto: Reprodução/Site Oficial)Site oficial do Corinthians registra declarações de apoio ao Imperador (Foto: Reprodução/Site Oficial)

Peixe confirma reação, vence Táchira e se classifica às oitavas de final

Após início arrasador, Alvinegro tira o pé, mas mantém vantagem. Agora aguarda para saber qual será o adversário que enfrentará na próxima fase

FONTE: por Adilson Barros
Pronto. Após sofrer sério risco de eliminação, de quase ver ruir um planejamento que começou no início do ano passado, com o surgimento de Paulo Henrique Ganso e Neymar e a repatriação de Elano, o Santos está nas oitavas de final da Taça Libertadores. A vitória por 3 a 1 sobre o Deportivo Táchira-VEN, nesta quarta-feira, no Pacaembu, consolidou a reação da equipe alvinegra, que começou com o triunfo por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño-PAR, na quinta-feira passada, em Assunção. Veja no vídeo ao lado os gols da partida.
A equipe alvinegra, porém, não conseguiu o primeiro lugar do grupo. Foi a 11 pontos, mas ficou em segundo porque o Cerro supreendeu vencendo o Colo Colo, por 3 a 2, de virada, no Chile. Os paraguaios também fecharam a primeira fase com 11 pontos, mas terminaram com melhor saldo de gols (5 a 3).
Nas oitavas, o Santos pega o América do México - o primeiro jogo será na Vila Belmiro. A Conmebol ainda não divulgou as datas dos duelos.
Um recital muito bem ensaiado
O que fazer quando se enfrenta Neymar, Ganso, Danilo, todos inspirados, rápidos, trocando de posições numa velocidade estonteante? Se Neymar para, Danilo encosta. Se Danilo fica, Ganso aparece. Se se fecha o meio, Jonathan, pela direita, e Léo, pela esquerda, entram livres. Tudo muito bem coordenado, afinado. Um recital. A missão do Deportivo Táchira era realmente difícil. E se tornou quase impossível logo aos 4 minutos de jogo. Num ritmo impressionante, o Santos desmontou as duas linhas defensivas da equipe venezuelana e abriu o placar. Léo desceu pela esquerda e tocou para Danilo, que fez o corta-luz e deixou a bola passar para Neymar. O camisa 11 recebeu e, com um toque caprichado, acertou o canto direito do goleiro Sunhouse. Na comemoração, ele voltou a usar máscara, como contra o Colo Colo-CHI. Dessa vez, porém, para não levar cartão, ele usou os dedos.
Ganso no jogo do Santos contra o Deportivo Tachira (Foto: EFE)Ganso esbanjou classe contra o Táchira (EFE)
A torcida santista que lotou o Pacaembu explodiu. Não houve sofrimento, unhas roídas, apreensão. O Santos mandava na partida, com marcação sólida e trocas de passes corretas no meio de campo. Não era incomodado. Na frente, Neymar esbanjava seu repertório. Solista principal, ele deu chapéus, dribles, toques de calcanhar. Arriscou até uma bicicleta. Só abusou um pouco na hora de cavar faltas. O árbitro não caiu na dele.
Aos 13, saiu o segundo gol, em mais uma jogada perfeitamente coordenada. Ganso, com o peito, escorou para Danilo, que achou Jonathan entrando livre pela direita. O ala invadiu a área e mandou uma bomba de pé direito, quase sem ângulo. O chute certeiro entrou no ângulo direito alto.
A não por um chute perigoso de Herrera, aos 12 minutos, que obrigou Rafael a espalmar, o Peixe não foi ameaçado. Tanto que diminuiu o ritmo, mas sem perder o comando do confronto. O terceiro quase saiu aos 43, quando Elano cobrou escanteio da direita e Durval parou no ar para escorar de cabeça. Sunhouse deu rebote, que Dracena completou. A bola bateu novamente no goleiro e saiu. Tudo isso dentro da pequena área.
Após susto, Danilo define
O Santos diminuiu muito o seu ritmo no segundo tempo. Nada daqueles passes rápidos, daquela troca constante de posições que deram a impressão de que primeiro tempo bem curto. Elano errava muitos passes, dando a bola para o Táchira tentar criar. Ganso também já não conseguia coordenar as jogadas. Dessa forma, Neymar e Zé Eduardo ficaram isolados na frente.
Aos poucos, o time venezuelano foi se assanhando. Aos 17 minutos, Chacón cobrou escanteio na cabeça de Moreno. O grandalhão zagueiro foi lá no alto e escorou sozinho. Rafael se esticou todo e operou um milagre, tirando a bola que entraria no ângulo esquerdo. Esse lance não serviu para acordar o Santos. Precisou Chacón, aos 24, acertar um grande chute em cobrança de falta, diminuindo a vantagem santista, para que a equipe alvinegra acordasse.
No lance seguinte, aos 27, Neymar arrancou pela esquerda e fez fila, invadindo a área. Ele cruzou da esquerda para Zé Eduardo, que entrava sozinho. Era só empurrar. Um toque simples, como nas primeiras lições da escolinha. Pois Zé se atrapalhou todo e conseguiu furar. No entanto, se recuperou a tempo de tocar para Danilo, que vinha por trás. O volante mostrou como se faz. De chapa, rasteiro, fez o terceiro. Um prêmio para o incansável jogador santista, que participou dos três gols e ainda marcou, cobriu os companheiros, armou jogadas. Parecia que havia uns cinco Danilos em campo.
O restante do jogo foi toque de bola, gritos de olé e espera pelo tempo passar. Agora é encarar o mata-mata. A Libertadores recomeça para o Peixe. O sonho do tri está vivo

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