segunda-feira, 25 de abril de 2011


Fla reage, vence Flu nos pênaltis e fica a 90 minutos do título carioca

Rivais empatam em 1 a 1 no tempo normal, mas Rubro-Negro leva a melhor nas cobranças e enfrenta o Vasco na decisão do segundo turno

FONTE: por GLOBOESPORTE.COM
Nem Ronaldinho, nem Thiago Neves: mais uma vez o herói da classificação do Flamengo foi o goleiro Felipe. Após o empate por 1 a 1 no tempo normal (Rafael Moura marcou para o Tricolor, e Thiago Neves igualou), a semifinal da Taça Rio foi para os pênaltis. O goleiro rubro-negro pegou duas cobranças e foi decisivo na vitória do Rubro-Negro sobre o Fluminense por 5 a 4. O camisa 1 do Fla também pegou duas penalidades na semifinal da Taça Guanabara, contra o Botafogo - e a equipe depois venceu o Boavista na final. Com isso, a equipe da Gávea será campeã estadual por antecipação se superar o Vasco no próximo domingo, às 16h, no Engenhão.
Sem Ronaldinho, desfalque de última hora por lesão no joelho esquerdo, Léo Moura, que  machucou o joelho direito logo no início da partida, e Maldonado, que vai operar o joelho esquerdo, o Flamengo mostrou força suficiente para buscar um empate que se mostrava distante após um primeiro tempo ruim. De quebra, o Rubro-Negro também assegurou sua hegemonia no Rio, já que mesmo que perca para o Vasco, continuará com 31 títulos estaduais contra 30 do Flu.
As duas equipes voltam a campo durante a semana, por competições diferentes. O Fluminense inicia o duelo das oitavas de final da Libertadores recebendo o Libertad, do Paraguai, no Engenhão, na quinta-feira. Um dia antes, o Flamengo enfrenta o Horizonte, no Ceará, no jogo de volta das oitavas da Copa do Brasil.
Temporal, apagão e Flu em vantagem
Sob forte chuva, o clássico começou também com os nervos à flor da pele. O clima de tensão era evidente nos dois lados, mas era o Fluminense o time mais perigoso nos minutos iniciais. E foi Rafael Moura quem protagonizou o primeiro lance claro de gol. Depois de um erro de passe de Welinton, o atacante recebeu a bola frente a frente com Felipe, que saiu de carrinho para dividir fora da área. He-Man caiu após ser tocado por Felipe, e o árbitro Péricles Bassols interpretou como simulação. No entanto, o goleiro do Flamengo poderia ter sido expulso, caso fosse marcada uma falta. Mas quem levou o amarelo foi o jogador tricolor.
Minutos antes, o time rubro-negro perdeu um de seus principais jogadores. Após um choque com Conca, Léo Moura sentiu o joelho direito e não teve mais condições de seguir em campo. O lateral-direito já é desfalque na partida de volta contra o Horizonte-CE.
Quando o jogo começava a ganhar em emoção, os refletores do Engenhão se apagaram, causando uma paralisação de 11 minutos. Após o reinício, com a luz apenas parcialmente acesa, o goleiro Felipe reclamou de não enxergar direito. Assim, o árbitro Péricles Bassols parou o jogo por mais dez minutos, até que a iluminação fosse totalmente restabelecida.
Felipe defesa Flamengo (Foto: Agência Lance)Felipe, mais uma vez, brilhou nas cobranças de pênaltis (Foto: Agência Lance)
Com o jogo a todo vapor, o Fluminense tomou as ações do ataque e não demorou para abrir o placar, num lance irregular. Após cobrança de falta na área, Gum subiu e ajeitou para Rafael Moura, que, em posição de impedimento, fez, de cabeça, 1 a 0 para o Tricolor, aos 22 minutos.
A desvantagem criou um clima de nervosismo nos jogadores do Flamengo, que passaram a cometer muitas faltas. O time tricolor respondia, e ao fim do primeiro tempo seis cartões amarelos foram distribuídos – três para cada lado.
Mas passado o susto, o Flamengo conseguiu se ajeitar em campo, apesar dos muitos erros de passe, e equilibrar o clássico. Em boa trama pelo meio, Thiago Neves achou Diego Maurício, que chutou de canhota. Ricardo Berna mandou para escanteio. O Fluminense falhava na criação no meio-campo, fazendo com que Fred e Rafael Moura fossem obrigados a recuar para buscar jogo. Quando o Tricolor chutava a gol, o Fla contava com as boas defesas de Felipe.
Flamengo empata no segundo tempo e leva decisão para os pênaltis
Diante da necessidade da vitória, Vanderlei Luxemburgo decidiu queimar suas duas substituições restantes no intervalo. O Flamengo voltou para o segundo tempo com Deivid e Bottinelli no lugar de Wanderley e Fernando, respectivamente.
O Fluminense foi o primeiro a criar chances no segundo tempo, obrigando Felipe a uma bela sequência de defesas, ainda nos minutos iniciais. Mas, sem objetividade, o Tricolor perdeu terreno para o Flamengo, que empatou aos 22 minutos. Willians lançou na área, e Thiago Neves subiu mais do que Valencia para, de cabeça, fazer 1 a 1.
Diego Mauricio gol Flamengo (Foto: Agência Lance)Diego Mauricio decretou a vitória do Flamengo nas penalidades (Foto: Agência Lance)
Com a qualidade técnica em baixa nos dois lados, Fluminense e Flamengo tentaram, em vão, a vitória. Mas com poucas chances criadas, os 90 minutos terminaram em empate. Assim, a decisão do adversário do Vasco na final da Taça Rio aconteceria nos pênaltis.
Nas cobranças, o Flu abriu a série com Fred, que converteu. O Fla errou com Renato, que parou nas mãos de Berna. Souza, porém, chutou para a fora a chance de manter a vantagem, e Deivid igualou. Edinho e Conca  marcaram para o time das Laranjeiras, assim como Galhardo e Bottinelli, estabelecendo o 3 a 3 no placar.
Felipe defendeu o chute de Araújo, e Thiago Neves ficou com a vitória aos seus pés. Mas o camisa 1 tricolor saltou e também pegou, levando a decisão para as cobranças alternadas. Gum fez, assim como David Braz. Porém, Felipe voltou a brilhar ao defender o tiro de Tartá - curiosamente, os três jogadores que saíram do banco do Flu erraram suas cobranças (Tartá, Araújo e Souza), enquanto os três do Fla converteram (Deivid, Galhardo e Bottinelli). Diego Maurício, que foi o substituto de Ronaldinho, não perdoou e selou a classificação do Fla com a vitória por 5 a 4.

Coritiba bate o maior rival, garante bi estadual e recorde de vitórias

Coxa derrota o Furacão por 3 a 0, conquista título paranaense por antecipação e iguala marca de 21 vitórias seguidas do Palmeiras

FONTE: por Luciano Balarotti
Bill gol Coritiba (Foto: Ag. Estado)Bill foi decisivo para conquista com dois gols
(Foto: Ag. Estado)
Pressionado no início do jogo, o Coritiba fez história, na tarde deste domingo, ao vencer o Atlético-PR, por 3 a 0, em plena Arena da Baixada, sagrando-se bicampeão estadual. Com o resultado, além do título, o Coxa igualou o recorde nacional de vitórias consecutivas. Vencedor nas últimas 21 partidas que disputou, a equipe paranaense empatou com o Palmeiras, que atingiu esta marca em 1996.
A dupla conquista no estádio do maior rival coroa a campanha quase perfeita do Coritiba em 2011. Ao longo do ano, contando o Campeonato Paranaense e a Copa do Brasil, o time venceu 24 partidas e empatou outras duas, permanecendo invicto.
Como já havia conquistado o primeiro turno da competição, o Coxa garantiu o título antecipado ao vencer também o returno. A uma rodada do encerramento desta segunda fase, o time tem oito pontos de vantagem sobre o Atlético, o vice-líder, e não pode mais ser alcançado. Como venceu os dois turnos, eliminou a necessidade da final do campeonato.
Com a taça estadual em suas mãos, o Coxa volta a jogar na quinta-feira, às 19h30m, contra o Caxias-RS, fora de casa. Partida em que pode até perder por três gols de diferença para garantir vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, diante do Palmeiras.
O Atlético, já classificado para a mesma fase da competição nacional, terá a semana livre para treinar para o último compromisso pelo estadual, contra o Rio Branco, em Paranaguá.
 
Pressão atleticana, expulsão e gols do Coxa no primeiro tempo
O jogo começou bastante movimentado, com o Atlético tomando a iniciativa e partindo para o abafa. As primeiras chances de cada time foram com Paulo Baier e Bill, mas ambos estavam impedidos nas jogadas. Robston teve chance aos seis minutos, mas chutou muito por cima após cobrança de escanteio.
Com sete minutos, Manoel deu uma cotovelada em Bill e foi expulso, deixando o Furacão com um a menos já no início do jogo.
Mesmo com a desvantagem numérica, o Atlético quase abriu o marcador aos dez minutos, em centro rasteiro de Paulinho, que cruzou toda a pequena área sem que nenhum atacante a alcançasse.
Aos 12, Paulo Baier bateu falta próxima ao bico da área, por cima do gol. Cinco minutos depois, o meia repetiu o lance, batendo um pouco mais perto do travessão, mas sem maior perigo para Edson Bastos. Neste momento, Branquinho já havia pendurado Léo Gago e Jonas com cartões amarelos.
Com o Furacão partindo para cima e o Coxa armado para contra-atacar, o gol parecia der questão de tempo. Davi quase marcou aos 18, em chute de longe que passou rente ao travessão. No lance seguinte, Branquinho recebeu dentro da área e concluiu com perigo, à direita de Edson Bastos.
O jogo pegou fogo mesmo a partir dos 29 minutos. Primeiro foi Guerrón, que cabeceou colocado para boa defesa de Edson Bastos. Em seguida, Marcos Aurélio cruzou e a zaga atleticana impediu a cabeçada de Bill quase em cima da linha. Se perdeu esta chance, o artilheiro não desperdiçou a seguinte. Após cobrança de escanteio, Pereira cabeceou no ângulo, Renan Rocha fez excelente defesa, mas a bola sobrou para Bill marcar, com um leve toque de cabeça, aos 31 minutos.
O Coxa quase definiu a partida quatro minutos depois, em cruzamento de Marcos Aurélio que Davi bateu de sem-pulo, exigindo mais uma boa intervenção de Renan Rocha. Marcos Aurélio deixou o campo contundido antes de ver seu time abrir dois gols de vantagem. Folga que veio em chute de longe, até despretensioso de Bill, que bateu no pé da trave esquerda do goleiro atleticano antes de balançar a rede. Era o prenúncio do bicampeonato alviverde, aos 44 minutos.
Segundo tempo para cumprir tabela
Com o jogo e o campeonato praticamente decididos, o Atlético voltou para a etapa final com Jenison e Lucas nas vagas de Branquinho e Guerrón. E criou a primeira chance de gol, em chute de Paulinho que passou à esquerda de Edson Bastos, aos oito minutos. Paulo Baier teve boa oportunidade em falta próxima à área, mas bateu na barreira.
Sempre no contra-ataque, o Coxa quase chegou ao terceiro gol aos 14. Mas Rafinha tentou servir Bill, em vez de encobrir Renan Rocha, e viu o atacante dar uma joelhada na bola, batendo para fora com o gol livre à sua frente.
Adaílton e Paulo Baier, em lances muito parecidos, só que em lados contrários da área alviverde, ameaçaram Edson Bastos. Aos 17 minutos, o atacante tabelou com Lucas, pela direita, mas pegou mal na bola na hora de concluir. Aos 20, foi o meia que trocou passes pela esquerda com o mesmo Lucas antes de bater cruzado, rente à trave.
Lucas teve boa chance aos 28 minutos, mas parou em Edson Bastos. Que trabalhou novamente aos 34, em chute cruzado de Madson após boa jogada individual pela esquerda. Neste momento, parte da torcida atleticana já deixava a Arena. E o Coxa procurava valorizar a posse de bola, trocando passes e esperando o tempo passar.
Parecia que nada mais aconteceria, até Leonardo receber ótimo lançamento do goleiro Edson Bastos antes de encobrir, com um toque de classe, o goleiro Renan Rocha, marcando o terceiro, aos 42 minutos.

Palmeiras passa aperto, mas vence e agora vai encarar o rival Corinthians

Verdão sai na frente, cede o empate para o Mirassol, mas se impõe e faz 2 a 1. Na semifinal, por ter melhor campanha, terá o mando de campo

FONTE: por Julyana Travaglia
Luiz Felipe Scolari manteve o seu bom histórico com o Palmeiras. Na 51ª partida eliminatória sob o comando do técnico, o Verdão bateu o Mirassol por 2 a 1 e agora se junta aos outros três grandes do estado na semifinal do Campeonato Paulista. Na noite deste domingo, no Pacaembu, o treinador alcançou a sua classificação de número 37. Mas não sem um pouco de drama.
Depois de sair na frente com um golaço de Valdivia, aos 10 do primeiro tempo, o Palmeiras levou o empate antes de descer para o intervalo, justamente de um ex-corintiano – Marcelinho, revelado pela base alvinegra e ainda atleta do Timão.
Os erros nas finalizações ficaram claros, principalmente com Luan. O atacante teve pelo menos duas boas chances de marcar, mas acabou desperdiçando. Coube a Márcio Araújo, atleta “queridinho” de Felipão e muito prestigiado no grupo, a missão de tirar a igualdade do marcador e colocar o Palmeiras no confronto com o Corinthians, que no sábado venceu o Oeste por 2 a 1.
Sem compromissos durante a semana, o Palmeiras apenas assiste à definição de seu adversário nas quartas de final da Copa do Brasil – o Coritiba - campeão paranaense invicto neste domingo - venceu o primeiro jogo contra o Caxias por 4 a 0 e joga a volta na quinta-feira. O Alviverde folga nesta segunda-feira e depois terá pela frente uma semana cheia de treinos até a decisão com o Corinthians. A outra semifinal será entre São Paulo e Santos, que eliminaram Portuguesa (2 a 0) e Ponte Preta (1 a 0), respectivamente.
A partida decisiva entre Palmeiras e Mirassol começou em alta velocidade, com as duas equipes tendo boas oportunidades. Apesar de ter apenas uma pequena torcida no Pacaembu de maioria verde e branca, o time interiorano não se intimidou e arriscou o primeiro chute contra Deola. Aos 4 minutos, o goleiro que deixou Marcos no banco de reservas espalmou um bom chute de Serginho.
Valdivia do Palmeiras x Mirassol (Foto: Agência Estado)Valdivia arrisca de longe para marcar o primeiro gol do Palmeiras no Mirassol (Agência Estado)
A resposta alviverde veio logo em seguida, com Luan. O atacante recebeu de Marcos Assunção e chutou cruzado. Fernando Leal conseguiu livrar o Mirassol do primeiro gol. O camisa 21 teve outra oportunidade, aos 8 minutos, mas mandou por cima do travessão.
Aos 10, porém, Fernando Leal viu sua rede balançar. Sem firulas ou chutes no vácuo, Valdivia foi preciso. Da intermediária, acertou o ângulo direito do goleiro do Mirassol. Um golaço! O chileno, que na sexta-feira havia dito que esperava ser decisivo na hora certa - ele só tinha um gol no ano, contra o Noroeste -, decidiu. E comemorou imitando um coelhinho, em referência ao domingo de Páscoa.
Valdivia estava endiabrado. Sempre em alta velocidade e sem medo da marcação, ele causou a irritação de Esley, que foi amarelado pelo árbitro e logo substituído para evitar o pior – Marcelinho entrou na sua vaga.
A partir de então, o Palmeiras apresentava amplo domínio da partida. Parecia não sentir falta de Thiago Heleno e Cicinho, ambos lesionados. E perdia muitas oportunidades, principalmente com Luan. O Mirassol ficava com os contragolpes, com Xuxa e Serginho no comando. E foi assim que chegou ao empate. Depois de cobrança de escanteio, aos 40 minutos, Luis Henrique desviou, e Marcelinho completou para o gol.
Márcio Araujo gol Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Márcio Araujo comemora com Kléber e Tinga
(Agência. Estado)
Para diminuir os ataques palmeirenses, Ivan Baitello tentou fechar mais o time, tirando o lateral-direito Samuel e apostando em Daniel Marques. Mas o Alviverde esbarrava mesmo era em seus próprios erros.
Luan, como no primeiro tempo, desperdiçava muitos passes e conclusões. Até Kleber e Valdivia pareciam não se entender na hora do arremate final. Em uma das chances, o Gladiador driblou três dentro da área e cruzou. Mas o Mago não conseguiu alcançar a bola.
Se a frente não resolvia, o jeito era arriscar de longe. E foi o que fez Márcio Araújo, um dos “queridinhos” de Felipão no time. Aos 11 minutos, o volante viu o espaço abrir e arriscou. Fernando Leal não conseguiu alcançar. Os 2 a 1 evitavam os temidos pênaltis.
A situação palmeirense melhorou ainda mais quando Xuxa, principal homem do Mirassol, foi expulso por receber o segundo cartão amarelo. O Alviverde tinha mais espaço para avançar e dava liberdade para Valdivia emendar os seus chutes no vácuo.
No Mirassol, Marcelinho era o único que tirava alguma tranquilidade da defesa palmeirense. A velocidade do atacante, porém, não era páreo para a defesa alviverde, a melhor do estadual com somente nove gols sofridos. E no ataque, o time de Felipão seguia perdendo a oportunidade de conseguir uma vitória mais sossegada. Rivaldo, por exemplo, esteve frente a frente com Fernando Leal, mas o goleiro levou a melhor. E o arqueiro do Mirassol, no desespero, se mandou a outra área para ver se empatava a partida em cobrança de falta. Sem chances.
O que se viu depois disso foi uma troca de passes entre Lincoln e Kleber, nos acréscimos do jogo, que fez a torcida se acabar nos gritos de “olé” e de provocação ao rival Corinthians: “olêlê, ôlala, segura a gambazada que o bicho vai pegar!”

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