Brasília derruba Franca, pega a taça e mostra quem manda no basquete
No Nilson Nelson mais uma vez lotado, time da capital conquista o bi do NBB e vai ao topo do cenário nacional pela terceira vez nos últimos cinco anos
No domingo, bateu na trave. Com a arquibancada jogando contra no Pedrocão, Brasília tentou, suou, sofreu na prorrogação, mas não conseguiu fechar a tampa. Questão de tempo. Na noite desta terça-feira, o time da capital mostrou quem é que manda no basquete brasileiro. A torcida, de novo, cumpriu sua missão: invadiu o Nilson Nelson e plugou o ginásio na tomada em 220 volts do início ao fim. Tanta energia, claro, vazou para a quadra, e o time da casa respondeu com um incontestável 77 a 68 em cima de Franca, liderando do início ao fim. Desta vez, com um agradável bônus: o bicampeonato do NBB.
Brasília conquista seu terceiro título nacional em cinco anos, período em que chegou à decisão todas as vezes. De quebra, consolida a capital do país como um fortíssimo polo de basquete, lotando duas vezes sua arena na série final final.
Destaque do Brasília com 17 pontos na partida decisiva, Guilherme Giovannoni fecha o campeonato como herói. Carregou o time na série final com atuações fantásticas, arremessos espíritas e um incrível senso de liderança dentro da quadra. Na terça, ele contou com muita ajuda: Arthur fez 15, Nezinho foi a 12, assim como Tischer, e Cipriano ficou com 11. Alex, outro grande destaque da campanha, anotou oito pontos e compensou com cinco rebotes e três assistências.
- Quero dedicar esta brilhante conquista a toda minha família, especialmente a minha esposa Gabriela, além de todos da cidade de Brasília. Quero agradecer aos integrantes deste grupo maravilhoso, que foram sensacionais durante toda temporada. Tanto que parece que passou rápido demais, tamanha é a afinidade que possuímos nesta equipe - afirmou Giovannoni.
Franca ficou atrás do placar do início ao fim, viveu momentos de descontrole em quadra, mas não se entregou em nenhum momento. Benite foi o cestinha dos visitantes com 16 pontos, seguido pelos 14 de Drudi e os 12 de Helinho.
Ritmo forte desde o início
Com pressa para colocar a mão na taça, o time de branco começou o jogo correndo. E cumpriu a missão de emplacar seus contra-ataques, fazendo assim oito dos seus primeiros dez pontos. Enquanto isso, Franca tinha apenas três, e ainda amargava a saída de Benite, que começou como titular, mas fez duas faltas em menos de um minuto. Giovannoni, autor da primeira cesta, pontuava e ajudava nos rebotes, enquanto Cipriano fazia o trabalho sujo embaixo da cesta. Com uma bola de três de Rogério, a vantagem caiu para três pontos, mas voltou para sete ao fim do primeiro quarto: Brasília 19 a 12.
Na metade inicial do segundo período, o time da casa continuou dominando os rebotes, e a vantagem pulou para 12, mas Franca emplacou dois contra-ataques, cortou para oito e forçou Vidal a pedir tempo. Logo, logo, tudo voltou a ser como era. A vantagem subiu e chegou a 13 numa ponte aérea monumental de Nezinho para Tischer, que tirou a torcida das cadeiras. Na saída para o intervalo, 34 a 21.
Alex, que tinha acertado 2/6 nos arremessos, foi o primeiro a voltar do vestiário. Ficou calibrando a mão e ganhou a companhia de Arthur. Aos poucos, os outros companheiros retornaram, sabendo que a taça estava a dois quartos dali. A diferença logo saltou para 19 pontos, com uma cesta de três de Guilherme, e pouco depois foi a 21. Apático e desnorteado, Franca errava passes bobos, Lewis levava toco do aro, e tudo dava errado para os visitantes, que viam a chance do título escorrendo pelos dedos.
Foi quando a torcida, enlouquecida, começou a gritar “o campeão voltou”. E àquela altura tinha voltado mesmo. O jogo até deu uma esfriada, quando alguém apontou laser para a quadra e a organização interrompeu as ações para fazer um apelo aos torcedores. Os brasilienses aproveitaram a pausa para soltar os tradicionais elogios a Helinho e pararam para festejar a bola de três de Alex, que manteve a diferença na casa dos 20. Franca ainda lutou e cortou a diferença, mas ao fim do terceiro quarto, Brasília ainda tinha uma mão na troféu dourado: 51 a 38.
Na volta para o último quarto, coube a Nezinho a punhalada de três que abriu 15 de novo. Mas duas cestas seguidas no garrafão esfriaram a torcida no Nilson Nelson e cortaram para 11. Benite ainda reduziu para oito, com um tiro certeiro de três, respondido na mesma moeda por Nezinho. A gangorra continuou ativa, e o time da casa abriu 14. A torcida gritava a cada cesta, mas se calava quando os rivais retrucavam.
Quando faltavam quatro minutos, veio o canto de "está chegando a hora". Em seguida, "bicampeão". Franca se recusava a deixar o tempo passar, mas não havia mais o que fazer, e a torcida mal olhava o que acontecia dentro da quadra. Os donos da casa - e da bola - controlaram o jogo até o fim, mantendo a diferença na casa dos 10 pontos. Abraçaram-se emocionados quando o relógio ainda mostrava 23 segundos para o fim. E quando a sirene tocou, tudo foi festa na capital. Do basquete.
Neymar se prepara para ‘porradas’ do Cerro Porteño
Caçado, atacante santista afirma que não vê diferença nas faltas que sofre nos campeonatos regionais para competição continental
Um dos principais motivos de atenção do Cerro Porteño para a partida desta quarta-feira, pela semifinal da Libertadores, no Pacaembu, Neymar não demonstra muita preocupação com o fato de ser alvo dos paraguaios. Caçado em campo pelos adversários em qualquer competição, ele se gaba de não ter sofrido nenhuma lesão grave desde as categorias de base.
- Nunca fui de ficar parando no departamento médico. Acho que Deus me abençoa muito em campo porque são muitas faltas. Mas não sinto diferença (das faltas) na Libertadores para o Paulista ou Brasileiro – afirmou o camisa 11 do Santos.
Mais encorpado, Neymar se diz também mais preparado para as trombadas que recebe dos zagueiros. Apesar de saber que será caçado pelos paraguaios, ele afirma que não faz qualquer tipo de preparação especial para o confronto. Na competição continental, o atacante tem quatro gols em nove partidas.
- Podem surgir mais jogadas ou dribles. Mas a minha preparação é normal. Fico pensando na partida, preparando o corpo para as porradas, que não são poucas e nada agradáveis. Mas agora estou um pouco mais preparado para as faltas.
Se o corpo está mais adaptado ao tranco, a cabeça também recebe cuidados especiais para as chegadas mais fortes dos adversários. Segundo Muricy Ramalho, as conversas com Neymar são frequentes para que ele aprenda a se comportar em campo e segurar os impulsos.
- Como tem o drible e o adversário joga duro, ele tem de se acostumar com isso e não se irritar. Tem de ter paciência (com as faltas) e levar isso naturalmente. A arbitragem está atenta a esses detalhes. Converso muito com ele e está melhorando cada vez mais. Não tem de orientar a parte técnica ou tática, mas sim a emocional – afirmou o técnico alvinegro.
Andrés diz que Seedorf já tem
pré-contrato com Corinthians
Presidente revela que jogador só não será do Timão se o Milan fizer
proposta de renovação igual ou melhor do que a feita pelo alvinegro
O Corinthians parece estar cada vez mais perto de conseguir fechar com o holandês Seedorf, do Milan. Em fim de contrato no clube italiano, o volante já tem um pré-contrato assinado com o clube paulista. Pelo menos é o que diz o presidente do Timão, Andrés Sanches.
- Ele tem um pré-contrato com o Corinthians. Se não renovar contrato com o Milan até o dia 31 de junho, vem para cá. Se tiver proposta igual ou melhor, fica no clube italiano mesmo - revelou Andrés Sanches, em entrevista à rádio Bandeirantes.
O contrato de Seedorf com o Milan vai até o fim de junho. Anteriormente, a diretoria corintiana apenas havia declarado que tinha feito uma proposta ao jogador, que analisaria a situação com calma.
Casado com uma brasileira, Seedorf já declarou algumas vezes que gostaria de jogar no futebol do país. E, além disso, o que ajuda também é a amizade do holandês com Ronaldo, ídolo e parceiro do Corinthians.
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