terça-feira, 24 de maio de 2011


Gilberto Silva: 'É um grande desafio vestir a camisa do Grêmio'

Aos 34 anos, volante "cascudo" chega na próxima semana para assinar com o Tricolor até o fim de 2012

FONTE: Por clicRBS e Zero HoraPorto Alegre
gilberto silva panathinaikos (Foto: agência Reuters)Gilberto Silva em ação pelo Panathinaikos
(Foto: agência Reuters)
Os 34 anos e as três Copas do Mundo na bagagem não diminuem a motivação de Gilberto Silva, novo reforço do Grêmio para o Brasileirão confirmado na tarde desta segunda-feira. Em entrevista ao clicEsportes, o volante do Panathinaikos deixa transparecer uma ansiedade digna de um garoto por essa nova fase na sua carreira. Definindo-se bem fisicamente, o jogador não vê a hora de chegar ao Olímpico na semana que vem e assinar o contrato.
Ciente do momento de intranquilidade que ronda o Olímpico, assume a sua vocação para a liderança e espera passar sua experiência aos mais jovens, que não são poucos no grupo tricolor. Voltar ao Brasil significa também estar mais perto dos familiares de Minas Gerais. Assim, unindo o útil ao agradável, Gilberto se mostra, acima de tudo, um sujeito realizado com a negociação.
O volante revela que desde o início do ano o Grêmio tenta contratá-lo:
- Em janeiro eu apresentei a situação à direção do Panathinaikos, mas não houve a liberação, porque o clube tinha planos para mim e objetivos nos campeonatos. Agora, as coisas aconteceram muito rápido. O Grêmio voltou a fazer contato na semana passada, tudo caminhou bem e fizemos o acerto.
Apesar de estar perto de completar 35 anos, Gilberto Silva não quer falar sobre encerramento da carreira no clube gaúcho:
- Prefiro pensar passo a passo, num objetivo por vez. Antes não pensava que seria possível chegar a um bom nível com essa idade. Mas, ao fim da temporada passada, vi que tinha condições de jogar bem. E terminei essa temporada agora de forma fantástica (fez inclusive um gol no último jogo do Panathinaikos).
Ele demonstra muita motivação para jogar logo, mas isso não será possível ainda por causa da janela de transferências:
- Vou chegar ao Brasil na semana que vem e me preparar para a maratona do Brasileirão. Estou doido para chegar aí, mas ainda tenho compromissos aqui na Grécia. No Brasil, vou ver quando poderei atuar, se só em agosto por causa da janela. Talvez dê tempo para um breve descanso, já que estou há um ano jogando direto.
Hoje meu telefone não parou de tocar após a confirmação do negócio. Nem consegui ler todo o meu twitter (GilbertoSilva15), estava impossível, de tanta mensagem de apoio"
Gilberto Silva
Para Gilberto Silva, o fato de o Grêmio passar por momentos conturbados não o assusta. Ele afirma que todo grande clube sofre a pressão por títulos e prefere ver a situação com otimismo.
- Para mim, vestir a camisa do Grêmio é um grande desafio, vejo de forma positiva. Hoje meu telefone não parou de tocar após a confirmação do negócio. Nem consegui ler todo o meu twitter (GilbertoSilva15), estava impossível, de tanta mensagem de apoio. É legal você ter essa aceitação mesmo antes de chegar - afirmou.
O técnico Renato Gaúcho afirmou que o time tricolor precisa de jogadores "cascudos", experientes como ele, e Gilberto Silva chegará ao Grêmio com a responsabilidade de comandar os garotos do Olímpico.
- É legal chegar como uma referência. Espero contribuir bastante dentro e fora de campo. Transferir toda a minha experiência aos mais jovens. Estou super-ansioso. Tem tudo para dar certo - disse.
Apesar de ter contribuído para o penatacampeonato mundial da Seleção Brasileira, em 2002, e de jogar por quase dez anos na Europa, o volante diz ainda ter muita motivação para jogar:
- Começa agora um novo ciclo para mim. Eu me motivo por esse novo desafio, de jogar no Grêmio, de voltar ao Brasil, de ficar perto da minha família (em Lagoa da Prata, MG). Os títulos que conquistei ficaram para trás. O mais importante vai ser o próximo título que eu vou conquistar.
E ele se mostrou bem informado sobre o Grêmio:
- Conheço bem o Gabriel, que jogou comigo aqui na Grécia. Já joguei contra o Rochemback e também convivi com o Victor na Seleção. Acima de tudo, conheço a história do Grêmio. Em janeiro, quando eu estava perto do Olímpico, o Gabriel me ligava todo o dia, falando bem do Grêmio. Aí, ele teve a sequência de jogos que estava procurando. O Paulo Paixão (ex-preparador físico da Seleção e do Grêmio) também me falou maravilhas do clube.
O respaldo de Dunga para a sua contratação deixou o volante muito feliz:
- Tenho um carinho grande por ele. O Dunga aguentou muita pressão por minha causa e procurei retribuir da melhor maneira possível. Agora, morando na cidade dele, espero poder encontrá-lo. Tenho uma admiração imensa.

Abel lamenta derrota na estreia e avisa: 'Não fui eu que escalei o time'

Técnico confirma apresentação para o dia 8 de junho e lembra que ainda não comanda o Fluminense ao comentar a posição de Edinho em campo

FONTE: Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Abel Braga na partida do Al-Jazira contra o Al-Gharafa (Foto: AFP)Abel Braga será apresentado no dia 8 (Foto: AFP)
Abel Braga fez questão de acompanhar a estreia do Fluminense no Campeonato Brasileiro. De Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde comanda o Al Jazira, o treinador viu o jogo contra o São Paulo e ainda gravou o confronto para analisar os erros de seus futuros jogadores. A derrota em casa, obviamente, não foi o resultado que ele esperava. Mas Abel disse que o resultado foi justo e deixou claro que ainda não tem responsabilidade sobre a escalação e atuação da equipe.
- Venceu quem foi melhor. O São Paulo veio com quatro volantes e esperou o Fluminense. Ainda falaram que eu mandei o Edinho jogar no meio. Quero deixar claro que o Abel não está ai. Não fui eu que escalei o time e não mando nada. O Fluminense hoje tem um treinador e ele precisa ser respeitado. Sobre como o time joga ou deixa de jogar, eu não tenho nada a ver. Não vão colocar essa na minha conta - explicou o treinador em entrevista à Rádio Globo.
A declaração vai de certo ponto ao que o interino Enderson Moreira disse logo após a derrota para o time paulista. Depois de falar na Granja Comary, em Teresópolis, que era o responsável pelas decisões envolvendo a equipe até a chegada de Abel Braga e que tinha liberdade para tomá-las, no vestiário em São Januário o treinador revelou que há, sim, limitações em suas ações e pediu paciência até a chegada de seu substituto.
- O trabalho do treinador interino tem limitações. Não posso fazer tudo só do jeito que eu penso. É importante fazer a transição da melhor maneira possível. Lógico que seria importante com vitórias. O Abel vai chegar, fazer as escolhas dele, e é necessário paciência neste momento. Não podemos radicalizar - analisou o interino.
Certo mesmo é que a espera da torcida tricolor por Abel está perto do fim. O comandante confirmou que será apresentado em duas semanas.
- Isso já está definido. Me apresento no dia 8. Tentei antecipar essa data, mas não foi possível. A Família Real vai ao último jogo só para entregar a taça e as medalhas. Preciso estar presente - disse à Rádio Globo.

Patricia Amorim: ‘O Flamengo é quase um Afeganistão’

Durante lançamento do projeto do novo CT, presidente pede união entre as correntes políticas do clube

FONTE: Por Richard SouzaRio de Janeiro
A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, pediu união entre as correntes políticas do clube para que o projeto do novo Centro de Treinamento, em Vargem Grande, saia do papel. Nesta segunda-feira, durante o lançamento da versão definitiva do futuro Ninho do Urubu, a mandatária comparou o clube ao Afeganistão, no Oriente Médio.
patricia amorim flamengo ct (Foto: Alexandre Vidal-Leandra Benjamin/Fla Imagem)Patricia Amorim abraça a maquete final do novo CT (Foto: Alexandre Vidal-Leandra Benjamin/Fla Imagem)
- O Flamengo é muito complexo politicamente. Uma mistura de ideologia, bagagem, quase um Afeganistão. É um emaranhado de gente, de culturas, todos colocando a emoção, de uma forma tão apaixonada, em prol do clube. E isso, às vezes, faz a razão fugir na hora de se tomar uma decisão. No entanto, tenho a certeza de que esse projeto não tem corrente política. Se tem, não deveria ter. Aqui, estaremos construindo nossas novas gerações de jogadores. Esse projeto precisa estar despido de qualquer vaidade. Temos é que trabalhar muito, juntos, para que ele aconteça o quanto antes. Esse projeto é indispensável para o Flamengo.
Por mais de uma vez, Patricia frisou que não se trata de uma realização da gestão dela, mas do clube. Algo que terá de ser perpetuado.
- Tudo começou lá atrás. Se não tivéssemos esse terreno, não teríamos como fazer o centro de treinamento. Hoje, os terrenos perto dos grandes centros estão todos com as grandes empreiteiras e imobiliárias. Temos que valorizar muito isso – afirmou, referindo-se ao ex-presidente George Helal, que comprou o terreno, em 1984, e participou do evento.
A primeira parte da construção do CT consiste em erguer os módulos 16 e 17, destinados aos profissionais. Serão necessários R$ 8,5 milhões. Deste valor, R$ 1,3 milhão foi arrecadado pela campanha dos tijolinhos e R$ 2,1 milhões serão doados pela parceira Ambev. Doações de pessoas físicas e parte das luvas da assinatura do novo contrato de televisão (que deve ser votado em 15 dias) também serão empregadas na obra. Além disso, a exploração do prédio do Morro da Viúva é vista como mais uma fonte de receita. A intenção é concluir a primeira etapa em 12 meses.

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