quinta-feira, 19 de maio de 2011


Peixe abusa dos gols perdidos, mas mantém empate e está nas semifinais

Vitória no primeiro jogo contra o Once Caldas, na Colômbia, garante ao Peixe vaga entre os quatro melhores da Libertadores. Neymar perde penal

FONTE: por Adilson Barros e Julyana Travaglia
Quando Neymar recebeu a bola na meia esquerda e acertou um chute forte de direita, abrindo o placar logo aos 11 minutos de jogo, parecia que a fatura estava liquidada. Era lógico: o Once Caldas-COL sairia para o jogo, abriria espaços e o Peixe mataria a partida nos contra-ataques. Mas não há lógica no futebol. Os colombianos engrossaram, empataram e tornaram o duelo tenso. Por fim, valeu o resultado do primeiro confronto, quarta passada, em Manizales (COL), quando o Alvinegro venceu por 1 a 0. O jogo de volta, no Pacaembu, nesta quarta, terminou 1 a 1 (assista aos gols). Poderia ter sido muito mais se a equipe da Baixada Santista não perdesse tantos gols - desperdiçou até pênalti, com Neymar, que cobrou muito mal. Mas, enfim, está classificada para a semifinal da Taça Libertadores. Agora, aguarda o vencedor de Cerro Porteño-PAR e Jaguares-MEX, que se enfrentam nesta quinta, em Assunção - no jogo de ida, no México, empate em 1 a 1. O time colombiano se despede da competição continental sem perder uma partida fora de casa.
Peixe abre o placar, mas é surpreendido
O Santos começou com a bola nos pés. Girava o jogo de um lado para o outro, buscando uma brecha para abrir a multidão de camisas negras à sua frente. O Once Caldas, bem posicionado, marcava muito bem. Não dava chance à equipe da casa. Num jogo cerrado como esse só o drible, o improviso, a jogada inesperada para clarear as coisas.
Pois aos 11, Danilo, que começou o jogo como lateral-direito ocupando a vaga do machucado Jonathan, fez o diferente. Ele arriscou um drible seco pelo meio e abriu o clarão. Avançou em direção ao gol e tocou para Neymar. O astro santista recebeu pela meia esquerda e chutou forte de direita, acertando o canto esquerdo do gol. Estava aberto o placar. Parecia que o caminho estava livre. Não estava.
Neymar na partida do Santos contra o Once Caldas (Foto: EFE)Neymar se esforçou, fez gol, perdeu pênalti e, como sempre, sofreu faltas (Foto: EFE)
O gol não abateu a equipe colombiana. Pelo contrário. Os visitantes mostraram que costumam ser convidados inconvenientes. Colocaram a bola no chão, atraíram o Santos e acabaram empatando a partida. Aos 29, Cuero cobrou falta da esquerda. Mirabaje, com um leve toque, mandou a bola para trás. A zaga santista se atrapalhou, e Rentería acabou ficando com a sobra, cara a cara com Rafael. Não teve jeito. Um murmúrio tenso no Pacaembu.
O Santos tentou se reagrupar. A essa altura, Alan Patrick já havia saído, machucado. Pará entrou na ala direita, Danilo passou para o meio, e Elano assumiu a armação das jogadas. O time perdeu posse de bola. O Once Caldas passou a jogar no campo do Peixe, mas dando espaços para o contra-ataque. O jogo santista era o seguinte: bola para Neymar. O garoto recebeu alguns passes em liberdade, mas as jogadas não eram concluídas como deveriam. Como aos 37, quando ele desceu pela direita e acertou um bom passe para Zé Eduardo, que chegou atrasado.

Zé Love destoa, e Neymar perde pênalti

A noite dava sinais de que não era mesmo de Zé Love. O Santos voltou para o segundo tempo focado, marcando forte e partindo para o ataque com muita vontade. No meio, Adriano era um leão, roubando bolas e garantindo a posse. Neymar, pela esquerda, infernizava seus marcadores. Elano acertava bons passes, Danilo e Arouca chegavam apoiando bem. Mas Zé não estava afinado com o restante da equipe.
Logo no primeiro minuto, Elano deixou o atacante na cara do gol. Ele atrasou a corrida, ajeitou o corpo, escolheu o canto e... chutou por cima. Em seguida, Neymar se infiltrou pela esquerda e foi parado pela zaga. A bola sobrou para Elano, que chutou forte. Na sobra, a bola chegou limpa para Zé Love, mas ele furou. A torcida santista, enfurecida com o atacante, festejou quando ele caiu no chão aos 22 minutos pedindo substituição, com lágrimas nos olhos por conta de dores musculares: Keirrison entrou.

O Santos seguia em cima. Rondava a área santista, mas faltava alguém para encostar em Neymar. Alguém que pudesse aproveitar as jogadas armadas pelo camisa 11. Infelizmente para os santistas, foi impossível para o craque armar para ele mesmo. O Once Caldas, preso, não conseguia levar perigo ao gol de Rafael. Moreno tinha algum espaço às costas de Léo, mas não era capaz de acertar os cruzamentos.

À medida que o tempo passava e o Santos não conseguia transformar em gol o seu domínio, o Pacaembu ia ficando cada vez mais tenso. Seria possível que com tantos jogadores de talento o Peixe não seria capaz de marcar mais um gol, unzinho só? Neymar tentou. Entrou na área driblando, aos 39, costurando a zaga, e foi derrubado. Pênalti.
Seria o gol para dar tranquilidade, para extravasar, para garantir a vaga na semifinal. Neymar pegou a bola, ajeitou na marca e se encaminhou para a cobrança. O goleiro Martínez provocou, mandou o atacante dar cavadinha. Neymar optou pela batida colocada. Telegrafou o canto. A bola saiu à meia altura e o camisa 1 defendeu, caindo para seu lado direito. Pouco depois, o técnico Osorio, do Once Caldas, foi expulso ao discutir com o árbitro.
Para alívio e sorte dos quase 34 mil torcedores que foram ao Pacaembu, os gols desperdiçados acabaram não fazendo falta. O apito final foi como um longo suspiro alvinegro. O Peixe está nas semifinais!

Avaí esfria o caldeirão de São Januário e empata com o Vasco

Time catarinense ignora pressão do estádio lotado e fica em vantagem no duelo pelas semifinais da Copa do Brasil. Cruzmaltinos jogam pela virada

FONTE: por GLOBOESPORTE.COM
 Depois do 0 a 0 com o Náutico e do 1 a 1 com o Atlético-PR, o Vasco completou mais um jogo sem vencer em casa pela Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, sem inspiração no ataque diante do grande público em São Januário, o time de Ricardo Gomes empatou em 1 a 1 com Avaí, com um gol de pênalti de Diego Souza no último lance da partida. Agora, o time catarinense joga por um empate sem gols no jogo de volta, quarta-feira que vem, em Florianópolis, para alcançar a final da competição pela primeira vez na sua história. O gol no fim acabou animando a torcida vascaína, que deu o tradicional grito "O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor", numa prova da confiança de um resultado melhor no Sul. Para se classificar, o Vasco precisa de uma vitória simples ou um empate por dois ou mais gols. O placar de 0 a 0 ou vitória do Avaí classifica os catainenses. Um novo 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis.
Antes do duelo de volta, o Vasco estreia no Campeonato Brasileiro sábado, contra o Ceará, às 18h30m (Horário de Brasília), em Fortaleza, enquanto o Avaí visita o Flamengo, no mesmo dia e hora, em Macaé.
Diego Souza na partida do Vasco contra o Avaí (Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM)Diego Souza tenta a arrancada no duelo contra o Avaí em São Januário (Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM)
O Vasco começou o jogo criando uma ótima chance. Logo no primeiro minuto, Éder Luis recebeu no bico da área pela direita e atraiu dois zagueiros, que acabaram deixando Alecsandro livre na cara do gol. Éder pensou rápido e tocou para Alecsandro. O centroavante passou um pouco da linha da bola e preferiu rolar para Diego Souza. O meia bateu de primeira e Marcinho Guerreiro se esticou todo para tirar a bola de cabeça quase em cima da linha.
Vasco cria várias oportunidades
Marcando firme no ataque, o Vasco não demorou para criar outra boa chance. Foi aos 10 minutos, quando Felipe arriscou um foguete de longe e obrigou o goleiro Renan a se esticar todo para mandar para escanteio. Mas o Avaí também era perigoso. Aos 12, Marquinhos Gabriel foi lançado nas costas de Dedé, invadiu a área e cruzou para William. O atacante dominou e armou o chute, mas Anderson Martins conseguiu um carrinho fundamental para evitar o gol do Avaí. Dois minutos depois, a defesa vascaína voltou a bater cabeça. Julinho aproveitou e, livre, levou para o pé direito e chutou da entrada da área, com perigo, por cima do gol.
Empurrado pela torcida, o Vasco seguiu firme na marcação sob pressão. O Avaí encontrava muitas dificuldades de sair jogando. E, aos 21, o time da casa quase abriu o placar. Alecsandro saiu da área para pegar uma sobra e cruzou bem para a cabeçada de Anderson Martins rente à trave esquerda. Um minuto depois, Felipe teve boa chance ao pegar rebote de primeira, mas Revson cortou de cabeça. O jogo era tenso. Por mais que estivesse próximo de abrir o placar, o Vasco via o Avaí levando perigo. Aos 25, após cobrança de escanteio, a bola bateu no braço de Dedé e os jogadores do time catarinense pediram pênalti, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.
Alecsandro na partida do Vasco contra o Avaí (Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM)Alecsandro teve atuação apagada
(Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM)
Passada e empolgação inicial, o Vasco teve dificuldade para colocar a bola no chão. Abusando das jogadas individuais sem sucesso, principalmente com Diego Souza, e dos passes errados que tinham em Felipe o maior foco, o time cruz-maltino sofria com um Avaí bem postado na defesa. Os visitantes ainda conseguiram uma boa chance, aos 45, em chute de Bruno de dentro da área que explodiu no corpo de Anderson Martins.
Logo no início do segundo tempo, os vascaínos pediram pênalti num puxão na camisa de Ramon na área, mas Wilson Luiz Seneme mandou o jogo seguir. O time de Ricardo Gomes voltou ainda mais decidido a abrir o placar. Com velocidade, as chances eram criadas uma a uma, mas a zaga do Avaí sempre aparecia para cortar as finalizações. Aos nove, no entanto, Diego Souza buscou o espaço e chutou com muito perigo.
Alguns torcedores passaram a pedir Élton e, aos 17, Alecsandro foi lançado na frente e finalizou no corpo do goleiro Renan, que saiu bem. Foi o último lance do camisa 9 no jogo. Logo depois, Ricardo Gomes colocou Élton no lugar dele, numa tentativa de tirar o zero do placar.
Visitantes ameaçam e Fernando Prass defende com a perna
A partir dos 20 minutos, o Vasco passou a ir mais na vontade, deixando a organização de lado. Diego Souza arriscou uma jogada individual e deixou meio time do Avaí para trás antes de cruzar na medida para Élton, que pegou de primeira e mandou para fora.
Mas os visitantes estavam dispostos a aprontar. Tanto que, aos 22, Marquinhos Gabriel cruzou e William cabeceou para baixo, obrigando Fernando Prass a fazer grande defesa com a perna direita. Aos 24, Ricardo Gomes tentou a segunda cartada trocando Éder Luís por Bernardo.
E, definitivamente, a rede não queria ser balançada. Aos 28, Alan e Ramon chegaram bem ao ataque e arriscaram chutes. O primeiro parou na boa defesa do goleiro Renan. O segundo passou perto, para fora.
Gol de pênalti no último lance do jogo
Silas só fez a primeira alteração aos 32 minutos, com Robinho no lugar de Felipe. E o Avaí, enfim, conseguiu aprontar. Foi aos 35, quando Julinho recebeu do lado esquerdo da área, deu lindo corte em Alan e bateu com o pé direito no canto, abrindo o placar: 1 a 0.
Em desvantagem no placar, o Vasco partiu com tudo em busca do empate. Aos 39, Ramon foi lançado na área e caiu após ser derrubado com por Renan, mas o juiz nada marcou. Aos 47, no entanto, Élton se enroscou na área com Gustavo Bastos, e o árbitro marcou um pênalti muito menos claro do que o não assinalado anteriormente. Na cobrança, Diego Souza bateu para deixar tudo igual. Final: 1 a 1.

Goleiros superam os ataques, e Ceará e Coritiba ficam no 0 a 0

Fernando Henrique e Edson Bastos impedem o grito de 'gol' das torcidas, e times decidem quarta, no Couto Pereira, a vaga na final da Copa do Brasil

FONTE: por Fred Huber
Ceará e Coritiba esbanjaram fôlego e disposição nesta quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, no jogo de ida pelas semifinais da Copa do Brasil. Mas não o suficiente para criarem tantas oportunidades claras de gol. E quando elas aconteceram, Fernando Henrique e Edson Bastos estavam lá para garantir que a bola não estufasse as redes. A torcida do Vovô, da "Carroça Desembestada", bem que tentou apoiar, mas não foi suficiente para a equipe alvinegra sair do zero diante do Coxa.
As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), desta vez no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Um novo 0 a 0 leva para os pênaltis a decisão de quem será o finalista da Copa do Brasil. Empate com gols favorece o Ceará por causa do critério de gols marcados fora de casa. Quem vencer, por qualquer placar, estará na decisão contra Avaí ou Vasco - no primeiro jogo, em São Januário, também na noite desta quarta-feira, empate em 1 a 1.
Etapa inicial com muita correria e poucas chances de gol
Ceará e Coritiba encarnaram o espírito de decisão e iniciaram a partida a mil por hora. Se não havia muita inspiração, sobrava transpiração de ambos os lados. Se os donos da casa acharam que os visitantes ficariam fechadinhos no campo de defesa, se enganaram. Os paranaenses, inclusive, começaram mais efetivos na frente. Davi, por duas vezes, assustou Fernando Henrique. Primeiro, ele desviou de cabeça à direita do gol. Depois, arriscou de fora da área com força e obrigou o goleiro alvinegro a espalmar para fora.
Depois dos sustos, o Ceará foi empurrado para frente por sua torcida. A primeira boa chance veio na cabeçada de Erivélton, que o zagueiro Demerson salvou. No contra-ataque, no entanto, os paranaenses voltaram a ameaçar, desta vez com Anderson Aquino, num chute que passou rente à trave esquerda de FH.
A entrega dos jogadores dos dois times, assim como a forte marcação, acabou por equilibrar as ações, e as chances reais de gol foram escassas. Em cobrança de falta que passou rente ao travessão, aos 24, Diego Macedo acordou a torcida do Vozão, que mostrou apreensão com a dificuldade do time em se impor sobre o rival. Herói da classificação para a semifinal após fazer dois contra o Flamengo, Washington pouco produzia. Na única oportunidade que teve, desviou de cabeça nas mãos de Edson Bastos.
Antes do fim da primeira etapa, os cearenses ainda passaram por dois sustos. O rápido Rafinha fez boa jogada pela esquerda e bateu cruzado. A bola correu toda a área sem que algum jogador do Coritiba empurrasse para as redes. Aos 44, Anderson Aquino voltou a dar trabalho. Ele passou pela marcação e bateu rasteiro. Fernando Henrique fez a defesa com a perna.

Goleiros não deixam o placar ser alterado
O Ceará voltou ao campo com duas alterações: Cléber no lugar de Fabrício, que se machucou, e Osvaldo na vaga de Iarley. Com a troca de atacantes, Vagner Mancini tentou dar mais fôlego ao setor ofensivo, já que Iarley havia corrido demais e teve dificuldades para dar sequência aos lances. O panorama de equilíbrio do jogo, no entanto, não mudou. Apesar de ter mais posse de bola, o Vovô batia sempre de frente com a bem postada defesa alviverde.
A partida amarrada, com pouca criatividade no meio de campo, fez os treinadores buscarem alternativas no banco de reserva. Marcelo Oliveira lançou Tcheco no lugar de Davi. Mancini apostou na entrada do atacante Marcelo Nicácio na vaga do meia Thiago Humberto. E foi Nicácio quem acordou a torcida do Ceará, até então quieta na segunda etapa. O atacante recebeu dentro da área, girou e bateu forte de perna direita. A bola passou rente à trave.
A resposta do Coxa veio com outro jogador que havia acabado de entrar. Geraldo, substituto de Anderson Aquino, recebeu dentro da área e finalizou. A bola saiu prensada, e Fernando Henrique fez a defesa. O lance mais espetacular da partida, no entanto, saiu dois minutos depois, aos 28. Leonardo dominou dentro da área, ajeitou para a perna direita e chutou colocado. O camisa 1 do Vovô deu um salto e fez linda defesa.
O jogo ganhou em emoção perto da reta final. Pouco depois de FH salvar, Diego Macedo recebeu na linha de fundo e cruzou na medida para Marcelo Nicácio, que, dentro da pequena área, cabeceou para fora. Pouco depois, ele voltou a dar trabalho em uma cobrança de falta defendida por Edson Bastos. Até o apito final, os times se alternaram no ataque em busca da vitória, mas não era dia de a bola entrar. Graças à inspiração de Fernando Henrique e Edson Bastos.

Zagueiro do Coritiba desmaia no vestiário e é levado para hospital

Demerson leva pancada durante o jogo contra o Ceará e acaba tendo forte queda de pressão após a partida

FONTE: Por GLOBOESPORTE.COMFortaleza
O zagueiro do Coritiba Demerson foi levado desacordado para um hospital de Fortaleza depois do empate em 0 a 0 com o Ceará, nesta quinta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Demerson teve uma forte queda de pressão ao chegar ao vestiário e acabou desmaiando.
O zagueiro sofrera uma pancada na cabeça durante a primeira partida da semifinal da Copa do Brasil, foi atendido pelo médico do Coritiba, mas continuou jogando até o fim.
Dermerson Coritiba ambulância (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)Zagueiro Dermerson é levado de maca para a ambulância (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)


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