quinta-feira, 26 de maio de 2011


Peixe vence Cerro e fica a um empate da final da Taça Libertadores

Neymar brilhou na jogada do gol santista, marcado por Dracena, mas, no fim, equipe perdeu chances de obter uma vantagem mais tranquila

FONTE: por Adilson Barros e Julyana Travaglia
Não foi de goleada. Muito menos por uma margem de gols que garantisse uma certa tranquilidade para a volta. Foi só de 1 a 0, um gol sofrido, de Edu Dracena, em jogada genial construída por Neymar. Mas é Taça Libertadores, semifinal, e, como sustentou o técnico Muricy Ramalho durante toda a semana, o importante era vencer o Cerro Porteño-PAR sem levar gols. Conseguiu. Agora, o Alvinegro está a um empate da final da competição continental. O jogo de volta será quarta que vem, às 21h50m (horário de Brasília), em Assunção, no Paraguai. Até houve chances para mais gols. Principalmente no último lance da partida, quando Alan Patrick, dentro da pequena área, sozinho, jogou nas pernas do goleiro Barreto. Os alvinegros esperam que, no fim, esse desperdício não faça falta.
Sorte de quem tem Neymar
O ambiente era o melhor possível. Pacaembu lotado de torcedores otimistas, Robinho aparecendo para assistir ao duelo e dar uma força, Neymar querendo jogo. Só que o Cerro Porteño não veio a São Paulo para ser coadjuvante de um show santista. Marcando implacavelmente as saídas de bola do Peixe, os paraguaios prenderam os anfitriões no meio-campo.
O Santos sentia demais a falta de um armador. Sem Ganso, machucado, Muricy Ramalho achou melhor deixar Alan Patrick no banco. Apostou em Elano para armar jogadas. O problema é que o camisa 8, preso no meio de uma multidão de camisas vermelhas, não conseguia prender a bola na frente, muito menos dar sequência nas jogadas. O lado direito da defesa santista passou apuros, com lances equivocados de Pará, que jogou no lugar de Jonathan, lesionado. O técnico do Cerro, Leo Astrada, escalou o meia Torres bem aberto, quase como um ponta esquerda, dando trabalho para o ala santista. Pelo alto, os paraguaios ameaçavam em alguns lances.
Neymar Santos x Cerro Porteño (Foto: Miguel Schincariol / Globoesporte.com)Neymar brilha mais uma vez em campo pelo Santos (Foto: Miguel Schincariol / Globoesporte.com)
A situação era preocupante, mas o Santos tinha Neymar. Sorte de quem tem um jogador como ele. É craque e, como tal, não decepcionou. Jogador do improviso, da jogada inesperada, do drible improvável. Percebendo que o time não chegava, ele recuou e assumiu o papel de armador. Na verdade, se desdobrou para tentar fazer o que parecia impossível: armar e atacar ao mesmo tempo. Correndo, dando chapéus, apanhando, caindo, levantando, o prodígio alvinegro jogava por todos.
Aos 43, o astro recebeu pela esquerda, foi deixando marcadores para trás e cruzou da linha de fundo. Edu Dracena subiu mais do que todo mundo e cabeceou. Um gol chorado. A bola bateu no travessão e caiu centímetros além da linha fatal. Um gol de Libertadores.
Vaias para Zé Eduardo e vitória garantida
Zé Eduardo na partida do Santos contra o Cerro Porteño (Foto: Reuters)Zé Eduardo não tem boa atuação (Foto: Reuters)
Perdendo o jogo, o Cerro se adiantou no segundo tempo, dando mais espaço para o Santos armar jogadas no meio de campo. Diferentemente do que aconteceu na etapa inicial, o Peixe tocava a bola no campo de ataque do adversário. No entanto, não conseguia invadir área paraguaia.
Quando a bola chegava era para os pés de Zé Eduardo, que não dominava. Neymar buscava a aproximação, a tabela, mas o centroavante não correspondia. A cada jogada que errava, sentia o Pacaembu desmoronando em vaias sobre sua cabeça. A entrada de Maikon Leite em seu lugar foi comemorada como um gol pelos mais de 31 mil santistas que foram ao Pacaembu.
Com Maikon, o Santos passou a ter dois jogadores abertos pelas pontas, trocando de posições. Elano chegava pelo meio. O Peixe tinha espaços e a bola, mas não acertava jogadas. Neymar insistia em lances individuais, tentando resolver novamente sozinho, sem sucesso.
Ao fim, o Peixe venceu pelo placar mínimo e agora vai ao Paraguai tentando voltar à final da Libertadores após oito anos. A última vez foi em 2003, quando perdeu para o Boca Juniors.

Coritiba derruba o Ceará e alcança a inédita final da Copa do Brasil

Golaço de Anderson Aquino decide o jogo no Couto Pereira e põe o Coxa na finalíssima contra o Vasco. Mandos de campo serão sorteados pela CBF

FONTE: por GLOBOESPORTE.COM
 Depois de perder para o Palmeiras, empatar com o Ceará e ser derrotado pelo Atlético-GO sem marcar um gol sequer nos três jogos anteriores, o Coritiba colocou um ponto final na sequência negativa de resultados e fez a festa da torcida ao vencer o Ceará por 1 a 0 nesta quarta-feira, no Couto Pereira, avançando para a inédita final da Copa do Brasil. O único gol do jogo foi marcado por Anderson Aquino, num belo chute no ângulo.
Após conquistar o título paranaense e sacramentar a maior sequência de vitórias da história do futebol brasileiro (24), o atual elenco do Coxa tem a chance de dar ao clube um troféu da elite nacional, o que não acontece desde o Campeonato Brasileiro de 1985. O adversário será o Vasco, que passou pelo Avaí. O primeiro jogo, quarta que vem, ainda não tem local definido. A CBF vai sortear os mandos de campo nesta quinta-feira. Antes, pelo Brasileirão, o Coritiba enfrenta o Corinthians, domingo, em Araraquara. O Ceará enfrenta o Inter, sábado, no Beira-Rio.
Anderson Aquino marca gol do Coritiba contra o Ceará (Foto: Ag. Estado)Anderson Aquino marca golaço no jogo contra o Ceará (Foto: Ag. Estado)
O Coritiba saiu para o jogo desde o início, buscando o gol que o colocasse em vantagem. O Ceará, claramente, adotou a estratégia de suportar a pressão inicial, jogando todo atrás. Os paranaenses trocavam passes com velocidade, buscando o melhor momento para atacar. E logo o goleiro Fernando Henrique, do Ceará, teve que trabalhar ao espalmar uma falta bem cobrada por Anderson Aquino.
O Ceará, por sua vez, abusava da lentidão no ataque. Marcelo Nicácio fazia bem o trabalho do pivô, mas pouca gente aparecia para jogar. Uma das poucas oportunidades nasceu do pé direito do atacante, que cobrou falta e a bola desviou em Lucas Mendes antes de ir por cima do gol. O time comandado por Marcelo Oliveira fazia um interessante revezamento de posições. Numa jogada, por exemplo, Bill recuou e abriu espaço para Anderson Aquino aparecer como centroavante e completar um cruzamento de carrinho, para fora.
Rafinha era de longe o jogador mais insinuante do Coritiba. Mas a ansiedade da equipe atrapalhava muito. Já o Ceará quase não ficava com a bola, numa retranca perigosa. Os visitantes pareciam satisfeitos com o resultado, tanto que Fernando Henrique foi punido com o cartão amarelo por demorar a colocar a bola em jogo.
Anderson Aquino comemora gol do Coritiba contra o Ceará (Foto: Ag. Estado)Anderson Aquino comemora o gol que deu a classificação ao Coritiba (Foto: Ag. Estado)
Ceará só decide ir ao ataque quando toma o gol
Para o Coxa, melhor em campo, faltava o encaixe de uma jogada individual para tirar o zero do placar. E foi o que aconteceu logo no início do segundo tempo, aos cinco minutos, quando Anderson Aquino recebeu na área, tirou da zaga e bateu com muita categoria, no ângulo, para fazer 1 a 0.
Castigado por ter adotado a retranca até então, o Ceará, em desvantagem, foi obrigado a mudar de postura.  Em menos de um minuto, Michel e Vicente ameaçaram em chutes de longa distância. O jogo ficou aberto e o Coritiba gostou ainda mais, já que passou a explorar os contra-ataques e viu um adversário menos fechado, buscando o empate. Osvaldo entrou bem no Ceará, criando algumas chances, mas era o time da casa que trocava passes com autoridade.
Nos últimos 10 minutos, o Coritiba recuou e passou a administrar o resultado. A torcida, nervosa, praticamente não fazia barulho já que um gol do Ceará colocaria tudo a perder. Mas o Coxa 2011 é um time maduro, que não parece disposto a deixar as conquistas escaparem. Depois de ser eliminado três vezes na semifinal da Copa do Brasil  - contra o Grêmio em 1991 e 2001 e contra o Internacional em 2009 -, o time do Alto da Glória está na decisão. Que venha o Vasco.

Após 143 jogos e 12 gols, Alex Silva não jogará mais pelo São Paulo

Zagueiro está liberado para conversar com o Hamburgo e tentar negociar ida para outra equipe. Contrato segue em vigor, mas atleta não será usado

FONTE: Por Marcelo PradoSão Paulo
Alex Silva ficou fez tratamento no Reffis nesta terça-feira (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Alex Silva não atua mais com a camisa tricolor
(Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Alex Silva não joga mais pelo São Paulo. Nesta quarta-feira, o clube paulista decidiu liberar o jogador para resolver seu futuro e não utilizará mais o atleta em partidas pelo Tricolor. O contrato de empréstimo do zagueiro termina no dia 31 de julho e só não foi rescindido porque São Paulo e Hamburgo - dono dos direitos federativos do jogador - ainda precisam discutir alguns detalhes contratuais. Ainda nesta semana, o camisa 3 viajará para a Alemanha para resolver a sua situação.
O São Paulo divulgou uma nota oficial informando apenas a liberação do atleta para resolver o futuro com o Hamburgo, sem dar mais detalhes sobre a não utilização do zagueiro.
Anteriormente, o São Paulo chegou até a anunciar que compraria o jogador em definitivo, mas não levou a ideia adiante por alegar falta de recursos. Mas a verdade é que Alex Silva desagradou a cúpula por algumas atitudes, como críticas públicas ao presidente Juvenal Juvêncio e diretores. Nesta quarta, o jogador reuniu-se com o diretor de futebol, Adalberto Baptista e pediu para ser liberado, o que foi prontamente aceito.
O clube alemão, em dificuldades financeiras, tem interesse em negociar Alex em definitivo com outra equipe. Santos e Corinthians já demonstraram interesse no zagueiro, que fez 143 jogos com a camisa do São Paulo e marcou 12 gols.O Sporting (POR) também quer o atleta.

Irretocável, Vasco vence o Avaí e está na decisão da Copa do Brasil

Equipe faz 2 a 0 em grande exibição na Ressacada. Adversário na final será o Coritiba, que eliminou o Ceará na outra semifinal

FONTE: por Rafael Cavalieri
Com um desempenho individual e coletivo invejável, o Vasco fez uma das suas melhores partidas no ano e venceu o Avaí por 2 a 0, nesta quarta-feira, na Ressacada (assista aos gols no vídeo ao lado) - no jogo de ida, em São Januário, houve empate em 1 a 1. O resultado coloca a equipe da Colina na decisão da Copa do Brasil após cinco anos. O adversário será o Coritiba, que na outra semifinal eliminou o Ceará (0 a 0 em Fortaleza e 1 a 0 no Couto Pereira).
A história da classificação cruz-maltina começou com um gol contra de Revson e foi sacramentada com Diego Souza, que teve ótima atuação. O primeiro jogo da final será na próxima quarta-feira, e o segundo, na semana seguinte. A ordem de mando de campo será sorteada nesta quinta-feira.
Antes, no entanto, o Vasco volta a campo pelo Campeonato Brasileiro. No domingo recebe o América-MG em São Januário, às 18h30m (de Brasília). O Coxa enfrenta o Corinthians, às 16h, no estádio Fonte Luminosa, em Araraquara.
Com desempenho brilhante, Vasco encurrala o Avaí
Como o 0 a 0 não servia, o Vasco se propôs a jogar como se fosse o dono da Ressacada. E o fez com grande categoria. Desde o apito inicial, foi para cima do Avaí, mas sem se desorganizar na defesa. Para surpresa da torcida catarinense, a equipe da Colina abriu o placar logo aos três minutos. Felipe cobrou falta do lado direito, e Revson desviou de cabeça na direção do próprio gol: 1 a 0. Ele já havia marcado contra nas quartas de final, no Morumbi, contra o São Paulo.
Poderia se imaginar que o Avaí fosse se lançar ao ataque desesperadamente para tentar a reação. No entanto, atordoado, o time viu o Vasco manter-se superior em campo. Com um alto índice de acerto nos passes, os cruz-maltinos foram criando chances em sequência. Felipe assustou com um chute de fora da área. Depois, após boa jogada de Allan, Diego Souza também esteve perto de ampliar, mas o defensor impediu. Os visitantes reclamaram pênalti.
Eder Luis era um dos que mais destacavam. Incansável também na marcação, era o motorzinho que levava o Vasco ao ataque. No meio, Felipe organizava o meio de campo com a técnica de sempre. A superioridade em campo logo se refletiu no placar novamente. Aos 34 minutos, Alecsandro deu ótimo passe para Diego Souza, que tocou com categoria por cima do goleiro Renan: 2 a 0.
Diego Souza Alecsandro Eder Luis gol Vasco x Avaí (Foto: Ag. Estado)Diego Souza, Alecsandro e Eder Luis formam o Trem-Bala da Colina na Ressacada (Foto: Ag. Estado)
Com a defesa vascaína bem postada, o Avaí teve poucas oportunidades claras de chegar ao gol. A melhor foi uma bola na trave após chute de Julinho, que, com seus avanços pela esquerda, era o mais perigoso dos jogadores da equipe catarinense. Durante a primeira etapa, o técnico Silas tentou deixar seu time mais ofensivo com a entrada de Rafael Coelho na lugar de Acleisson, mas a mexida não surtiu muito efeito.
Vasco mantém superioridade e fica com a vaga na decisão
Na volta do vestiário, o Vasco tentou não recuar demais e trazer o Avaí para o seu campo de defesa. Com Diego Souza inspirado, a equipe carioca seguiu muito perigosa. Por duas vezes o time acertou a trave, com o camisa 10 e com Ramon. O técnico Ricardo Gomes foi obrigado a fazer duas substituições por problemas médicos. Bernardo entrou na vaga de Eder Luis, com uma lesão na virilha, e Marcio Careca foi lançado no lugar de Ramon, que sentiu dores na coxa.
Não faltava disposição e correria para o Avaí, mas, com um meio de campo sem criatividade, o time catarinense pecava no último passe. A maioria das bolas passava pelos pés de Marquinhos, mas o meia pouco conseguiu produzir. A partir da metade da segunda etapa, a torcida vascaína aumentou a confiança e passou a gritar "olé" a cada passe.
Quando o Avaí conseguia chegar bem, esbarrava no grande dia dos volantes e zagueiros vascaínos, principalmente Dedé, que travou um chute perigosíssimo de Estrada. Os catarinenses lutaram até o fim, mas a noite era do Vasco, que ainda marcou mais uma vez, com Alecsandro, mas o árbitro anulou mal o gol - o jogador estava em posição legal. O apito final foi a senha para a comemoração vascaína em Florianópolis.

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